domingo, 9 de janeiro de 2011

Janelas da alma




Existem certos momentos na vida em que a realidade pulsa... e pulsa bem na beirada das janelas de nossa alma. A realidade bate, insistente, no vidro. Até o momento em que não aguentamos mais... abrimos as janelas e aquela correnteza gelada de vento, carregada de verdades, nos penetra de uma só vez. Nos gela a alma. Esta fica engasgada. E como doem as realidades... corroem, fazem a alma se desmantelar.
Até que, de tanto martírio, a alma vai se recompondo quase que por obrigação. As verdades começam a ficar costumeiras para nossos olhos e não nos parecem mais tão dolorosas. As soluções, então, passam a dar os primeiros toquinhos: - toc, toc, toc!, no vidro das janelas. E, como uma brisa gostosa de um fim de tarde de verão, as soluções vão entrando refrescantes pela janela... confortando nossa alma.