quinta-feira, 13 de março de 2014

Ser ou não Ser... Elas!



Sabe-se lá quando me desprendi de Mim para tentar ser Elas. Talvez, quando Elas passaram a fazer mais parte das construções dos sonhos. Dos meus sonhos? Nem sempre. Mais precisamente, do sonho coletivo. Quando Elas entraram pelas portas principais dos desejos, ilusões e paixões.
Neste momento em que abri as janelas da "realidade", abri os olhos e eles estavam embaçados. A partir de então, nunca mais foram os mesmos. Meu dedo pálido e trêmulo apontou para a direção. Eu digo, A Direção. E se manteve, ali, apontando, tentando alcançar, ao menos, com a ponta dos dedos o que era Delas.
O dedo, ainda apontado, afastava-se. E quanto mais apontava, mais distante se tornava a realidade. Ou a ilusão. Ou ambos. Ah! Todas elas já se confundem em mim. Já me embaralharam como cartas em um jogo e as definições... Bem, as definições já não definem mais.
Sabe-se lá quando foi.
Sabe-se lá quando vai.
Sabe-se lá quando essa realidade ilusório - ou ilusão real - sairá e desistirá de massacrar minha cabeça.
Não quero mais ser Elas. Mas como parar de querer quando vivemos com todos querendo por nós?