terça-feira, 21 de abril de 2015

Ai, de mim!

Ai, que saudades de mim!
Onde será que me perdi?
Ai, de mim! Ai, de mim!

Por onde será que me deixei partir?
Por que deixei que me partissem assim?

Agora, onde estão os pedaços de mim?
Esquecidos. Embaralhados. Embaçados.
É o fim?

Ai, que saudades de mim!

Que arranquei membros vitais,
Distribuindo-os em outros corpos,
Ai, de mim! Ai, de mim!

Precisarei agora de meus velhos olhos,
Para, então, de novo encontrar
Esses pedaços espalhados por aí...
Procurarei e hei de achar!

A não ser que não os reconheça
com os mesmos olhos de outrora,
Precisarei não só de novos olhos,
Mas também de uma nova aurora.

Ai, que vontade de mim!