Sempre existe uma primeira vez - não é como dizem?
O primeiro passo, a primeira palavra, mordida, lambida no sorvete. O primeiro abraço ou o primeiro dente a cair. O primeiro beijo, o primeiro amasso... E todos esses 'primeiros' tem um gosto peculiar de magia. Como é mágica a primeira vez!
Aí então, chega um momento na vida em que, pela primeira vez, você sente vontade de beber menos, falar menos, não tem vontade de contar sobre seus rolês ou o quão divertida foi sua viagem. Pela primeira vez, essa magia se esvai. Você olha ao seu redor e nada mais parece ter aquele brilho surreal de outrora. Você passa a não aturar mais ter que agradar à todos, passa a não se importar se te acham legal ou chata. Começa a se sentir completamente fora de órbita, como se alguém dentro de você começasse a morrer. Não sabe mais onde ir, onde se encaixar... Todas as conversas parecem não ter nenhuma graça. Você se sente só. Cai na real: - Essa é minha primeira morte.
Pela primeira vez, você sente a solidão baforar em seu cangote.
Realmente, sempre achei os adultos meio solitários... Independente do tamanho da família, da quantidade de amigos ou o quanto ele fica ou não sozinho... Mas há sempre um ar de solidão, um quê de quem não tem mais os pais pra proteger e agora precisa reger a própria vida, sozinho.
E, então, eu me deparei sozinha, sem canto. Aos prantos, pensei: - Então é assim a primeira vez de um adulto.
O primeiro passo, a primeira palavra, mordida, lambida no sorvete. O primeiro abraço ou o primeiro dente a cair. O primeiro beijo, o primeiro amasso... E todos esses 'primeiros' tem um gosto peculiar de magia. Como é mágica a primeira vez!
Aí então, chega um momento na vida em que, pela primeira vez, você sente vontade de beber menos, falar menos, não tem vontade de contar sobre seus rolês ou o quão divertida foi sua viagem. Pela primeira vez, essa magia se esvai. Você olha ao seu redor e nada mais parece ter aquele brilho surreal de outrora. Você passa a não aturar mais ter que agradar à todos, passa a não se importar se te acham legal ou chata. Começa a se sentir completamente fora de órbita, como se alguém dentro de você começasse a morrer. Não sabe mais onde ir, onde se encaixar... Todas as conversas parecem não ter nenhuma graça. Você se sente só. Cai na real: - Essa é minha primeira morte.
Pela primeira vez, você sente a solidão baforar em seu cangote.
Realmente, sempre achei os adultos meio solitários... Independente do tamanho da família, da quantidade de amigos ou o quanto ele fica ou não sozinho... Mas há sempre um ar de solidão, um quê de quem não tem mais os pais pra proteger e agora precisa reger a própria vida, sozinho.
E, então, eu me deparei sozinha, sem canto. Aos prantos, pensei: - Então é assim a primeira vez de um adulto.