sexta-feira, 9 de julho de 2010

TUDO!




Sempre quis escrever algo sobre a maior alegria da minha vida. A minha maior alegria é Beatles. E uma alegria de tal grandiosidade é impossível de explicar. Não é só pelas letras ou pelo instrumental, é por toda a magia, por toda a essência, e por todo o sentimento de amor que me proporciona. Já me perguntaram o por que de toda essa fascinação, pergunta esta que, sinceramente, não faz sentido para a minha cabeça e alma beatlemaníaca, mas respondi: porque eles mudaram a cena musical, porque a genialidade aumentou, gradativamente, de 62 até 70, porque após 70 a carreira solo de cada um deles foi excepcional, porque as letras, apesar de muita gente achar que são bobas, tem muito mais lógica que o nosso humilde raciocínio pode atingir. As letras e poesias não precisam, necessariamente, ser políticas ou revolucionárias, eles me ensinaram que a inocência nos leva para muito além, nos leva para a base, para o essencial, porque a inocência ajuda as pessoas a estarem mais felizes, mais boas e generosas. Eu estou falando do começo da carreira, "Anna", "Chains", "A wanna hold your hand", "A hard days night", "P.S. Ilove you", "Please Mr. Postman", entre tantas outras que já me fizeram chorar por me remeter a um amor puro, uma suavidade pueril. Mas eles não se prenderam apenas a uma fase dessa vida tão inconstante e incompreensível. Eles descreveram, em seus vinis e shows, as questões da vida, todas elas. Em oito anos de formação oficial de Beatles, eles conseguiram atingir todos os temas: a inocência, passaram pela psicodelia, pelo amor e pela dor, pela individualidade e pelo coletivo, pelo mais complexo deste mundo, e pelo menor detalhe, pequeno ou até mesmo invisível. Tudo isso através da música, do talento, e da poesia. Crianças, jovens, adultos, indivíduos da meia-idade e seres já envelhecidos e enrugados pela idade. Eles conseguiram atingir todo esse público por, simplesmente, serem pessoas que tinham o sentimento e o conhecimento de tudo. Eu durmo com "Good night" e acordo com "good day sunshine" e "here comes the sun". Quando penso em rock, lembro de "helter skelter" ou "rock'n'roll music", que não é de autoria deles mas fizeram uma versão com grande esmero. Eles me acompanham quando estou feliz, triste, louca (como estou agora), tensa, brava, sensível, amando, odiando, escrevendo, pensando, sentindo e vivendo. E a "grande sacada", é que quando os ouço e estou na "bad trip", eles são os únicos a me fazerem a pessoa mais feliz do mundo, por me ensinarem que a vida pode ter coisas chatas, mas que elas podem ser superadas, porque podemos tudo. Sim, podemos. Se eles conseguiram fazer a música atingir todos os cantos do Planeta, nós podemos muito mais que esses 10% de raciocínio podem nos fazer acreditar.
Em suma, é impossível descrever tudo que esses quatro garotos de Liverpool, George Martin, Brian Epstein, Buddy Holy e Elvis Presley (estes últimos que influenciaram a melhor banda de todos os tempos) representam para o mundo . Não tem como exagerar a Beatlemania, porque ela em si já é um exagero, o talento é algo exagerado e colossal, a perfeição é muito além do que nossos ouvidos e pensamentos podem alcançar: Beatles é sim o que eu mais amo e sempre vou amar além de tudo.

P.S. I love you.

2 comentários:

  1. "A wanna hold your hand", minha preferida. A versão para o filme Across the universe, ficou perfeita. Lindo texto! parabens.

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  2. Que bela homenagem, Isa!

    De fato, os Beatles nos deixaram simples respostas para questões que nós insistimos em tornar complicadas. E o que você falou sobre a inocência faz todo sentido.

    É impossível ouvir e não se contagiar :D

    Paraéns pelos textos, sou fã.
    Beijão!

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