domingo, 1 de fevereiro de 2015

Linhas da Vida









Me pegue pela mão, segure-a de maneira suave, doce... passe suas mãos nas palmas das minhas... e leia. Leia todas as linhas se entrelaçando, fundas ou rasas, como se pudesse ler minhas vontades, desejos, meu passado e meu futuro. Você sabe... sabe do que eu preciso. Por que então não faz? Por que não se importa em me surpreender, me matar de paixão e prazer? E se não se importa, por que não me deixa ir? Voar e mudar essas linhas que nunca mais vou deixar ninguém ler. Só você leu... e assim será, são suas. Minhas linhas são suas, passo das minhas mãos para as suas e você faz delas o que quiser. Mas não me devolva e nem me peça para entregá-las a outra pessoa. Não vou. Guarde-as em uma caixa, quem sabe. Enquanto isso eu desenho linhas novas em minhas mãos vazias. E quando você sentir saudades, abra a caixa, olhe-as, observe, reflita... se quer colocá-las em suas mãos e, então, tornar a segurar a minha para que, assim, minhas linhas se tornem nossas e nossos destinos sejam apenas um.

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